Mais clichê do que a velha história do menino rico que só jogava com a molecada na rua porque era o dono da bola, impossível.
E mais uma vez esse mesmo enredo se repete na vida real, hoje estrelando o já muito estrelado Clube de Regatas Flamengo, que tropeça em campo de grama sintética e reclama até de a água que bebe não estar tão molhada.
Chega a ser patética a louca realidade de um time que não consegue ser um grupo, devido a diferença entre as peças de um quebra-cabeça de figuras e brilhantes que apenas não se encaixam.
A eterna frase: “Na hora que esse time se encaixar, não vai ter pra ninguém!”, repete-se em cada esquina, em cada bar e em todas as cadeiras de um estádio que lota para ver um time que leva uma surra numa semana e se levanta com a garra de um gladiador na semana seguinte e empolga aos milhares que nem sabiam se iam ou não iam.
E a roda gigante gira novamente e o gladiador vira um frango gordo de patas curtas, que apanha até de uma codorna.
A impressão que passa pra quem vê a história acontecendo é que um tigre foi criado em uma casa cheia de gatinhos e que não consegue entender o poder e o tamanho que tem, com isso ele se esconde ao latido do cão mais franzino que passe ao portão.
Pra quem torce, fica o “Na hora que esse time se encaixar, não vai ter pra ninguém!”, pra quem torce contra a torcida é para um novo Flamengo de 95, com Sávio, Romário e Edmundo, que mesmo com esse potencial, não rendeu nada perto das expectativas que existiam.
Vamos esperar e torcer, contra ou a favor…
Marcel Brandão, 38 anos em campo ou a beira dele.
Formado em Administração e atuando a mais de 15 anos no mercado de TI, sou escritor apaixonado pelo futebol e seus caminhos. Filho de ex-jogador profissional e com uma habilidade quase igual, só que com as palavras.
Hoje tenta resgatar a velha “pelada de rua” para os dias de hoje tão cheio de “shamppions league”.
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